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quinta-feira, 7 de março de 2013

Figurantes até quando? Campeões da Copinha demoram a estourar no Fla

Flamengo Campeão da Copa São Paulo de Futebol Junior 2011 (Foto: Marcos Ribolli)O cartão de visitas era de respeito, a expectativa, enorme, mas dois anos depois da vitória por 2 a 1, sobre o Bahia, na decisão, a geração campeã da Copa São Paulo de 2011 ainda não fez jus ao slogan “Craque, o Flamengo faz em casa” entre os profissionais. Entre badalados, com o prestígio de Mattheus, Adryan e Negueba, e menos cotados, como Frauches, Marllon e Lucas, foram muitas oportunidades e pouco brilho. Antes no fim da fila, Rafinha é a bola da vez para que o filme do início da década de 90 não se repita.Na ocasião, a esperança era grande sobre nomes como Marcelinho Carioca, Junior Baiano, Paulo Nunes, Djalminha e cia., responsáveis pela primeira conquista do Fla na Copinha, em 1990. Expectativa até suprida pela maioria daqueles jovens, mas em invariavelmente brilharam muito mais longe da Gávea. Se a presença como coadjuvantes em conquistas como a Copa do Brasil de 90, o Carioca de 91 e o Brasileiro de 92 não pode ser ignorada, ela se torna pequena diante da idolatria alcançada com camisas de clubes como Corinthians, Grêmio e Palmeiras, entre outros.
Dessa vez, as promessas tornaram-se apenas figurantes e poucos participaram do título estadual de 2011. Alguns deles até já deixaram o clube, e com retorno aos cofres na mesma medida que em campo: irrelevante. Logo após a conquista, os laterais gêmeos Alex e Anderson optaram por não renovar contrato, seguindo para o futebol holandês. Outros, como Marllon e Muralha, seguiram emprestados para equipes menores, enquanto Negueba passa por temporada no São Paulo (está fora de combate por conta de uma grave lesão no joelho). Todas as negociações sem grandes compensações financeiras.
Info-GERACAO_FLAMENGO-2011 (Foto: Infoesporte)
Entre os que permanecem, as maiores apostas recaem sobre as costas de Adryan e Rafinha. Comandante da garotada na campanha do título, o treinador Paulo Henrique Filho acredita que o sucesso da geração de 90 fora do clube pesou contra os jovens da vez. Para ele, a urgência em revelar grandes nomes, o que não acontece no Fla desde o trio Adriano, Juan e Julio César, aumentou a pressão e interferiu no desempenho em campo.
- Foi criada uma expectativa muito grande após o título. Quando o Flamengo foi campeão pela primeira vez, todos os jogadores saíram muito cedo. Dessa vez, acabaram levando todos muito cedo para os profissionais. É uma geração talentosa, que não foi campeã à toa, e aos poucos estão tendo oportunidade. O Negueba foi titular, o Frauches, Marllon... Foi um grupo que teve sequência e não manteve a regularidade. Talvez pela idade ou por não estarem preparados. A necessidade de criar ídolos atrapalha o desenvolvimento – disse o treinador, demitido no mês passado e que ainda está desempregado.

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